'Senti que ele se apropriou do meu corpo': veja relatos de vítimas de servidor federal investigado por esconder câmeras para gravar mulheres nuas

  • 15/05/2025
(Foto: Reprodução)
Pablo Silva Santiago colocava câmeras em banheiros de casas, locais públicos e pousadas, segundo polícia. Ministério da Cultura afastou funcionário preventivamente. Pablo Silva Santigago, servidor do Ministério da Cultura investigado por gravar mulheres nuas sem consentimento. Reprodução O Ministério da Cultura afastou preventivamente, nesta quarta-feira (14), o servidor suspeito de esconder câmeras para filmar vítimas nuas sem consentimento. Identificado como Pablo Silva Santiago, e conhecido como DJ Pablo Peligro, ele também atuava como produtor cultural em Brasília. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. O g1 não conseguiu contato com o servidor federal e nem com a defesa dele. Segundo a investigação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o homem, de 39 anos, instalava câmeras em banheiros de casas, pousadas e locais públicos e divulgava as imagens em aplicativos de mensagens e sites pornográficos. Os registros mostram mulheres nuas em momentos íntimos, como no banho ou fazendo necessidades fisiológicas. "Ele produziu conteúdo íntimo meu, no banheiro, fazendo as minhas necessidades normais ali. Eu senti como se o meu corpo não fosse meu, eu senti que ele se apropriou do meu corpo e que eu não tinha legitimidade nenhuma. Não teve o meu consentimento, então me senti muito violada", diz uma das vítimas. O Ministério da Cultura informou que também apreendeu o computador utilizado no ambiente institucional, solicitou à Polícia Federal a varredura no "bloco B", e abriu processo administrativo para apuração do caso (veja íntegra da nota ao final da reportagem). Uma outra vítima contou à reportagem que era amiga do DJ e que confiava nele, justamente por parecer "respeitoso". Uma terceira jovem, que conviveu com o suspeito por quase 10 anos, disse que se sente desprotegida. "Era uma pessoa próxima, uma pessoa que você nunca imagina, que tem esse nível de doença, esse nível de interesse, você se sente em risco. [...] Porque você repensa tudo que você faz com as pessoas que estão ao seu redor, as pessoas que você convive, você pensa o que o ser humano é capaz de fazer", afirma. O que se sabe sobre o caso, segundo a Polícia Civil do Distrito Federal Vítima diz que foi filmada, sem consentimento, enquanto usava o banheiro. O caso começou a ser investigado em abril, quando a então namorada de Pablo encontrou os arquivos em dispositivos eletrônicos dele. A mulher conseguiu uma medida protetiva contra o ex. Um pen drive com mais de 14 GB de vídeos foi entregue à polícia. Pablo colocava câmeras escondidas nos banheiros da sua casa, de um estúdio de dança, locais públicos e em casas de pessoas próximas. Os vídeos registravam as mulheres em momentos íntimos. O servidor praticava os crimes desde 2017, e os vídeos estavam organizados em pastas, com os nomes das vítimas e datas das gravações. Segundo testemunhas, ele também usava os vídeos como "moeda de troca" para ter acesso a imagens de necrofilia. Para evitar a destruição de provas, a polícia cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa de Pablo nesta terça-feira (13). Em depoimento, um amigo do investigado afirmou que Pablo confessou ser "viciado em pornografia" e que o vício o levava a gravar vídeos cada vez "mais estranhos", envolvendo amigas, ex-namoradas, conhecidas e até desconhecidas (veja imagem abaixo). Trecho de depoimento à Policia Civil onde amigo conta que suspeito falou sobre crimes TV Globo/Reprodução O que diz o Ministério da Cultura "Desde esta terça-feira, (13), quando a gestão tomou conhecimento da operação da Policia Civil realizada em relação a um dos servidores efetivos da Pasta, as equipes do Gabinete da Ministra da Cultura e da Secretaria-Executiva estão trabalhando diligentemente para dar respostas o mais célere possível e garantir a segurança da equipe do MinC. Foram tomadas as medidas preventivas e acautelatórias como afastamento preventivo do servidor, apreensão do computador utilizado no ambiente institucional, solicitação à Polícia Federal de varredura no bloco B e abertura de processo administrativo para apuração do caso. Importante lembrar que todas as medidas exigem procedimentos administrativos específicos, alguns dos quais sigilosos. Incentivamos que as e os colegas que tiverem qualquer informação sobre os fatos procurem a Ouvidoria e ressaltamos que, até o momento, não há indícios de que as ilegalidades tenham ocorrido nas dependências do Ministério da Cultura. Por fim, o Ministério reitera que repudia toda e qualquer violência e manifesta profunda solidariedade a todas as vítimas. A pasta reafirma o compromisso inegociável com a proteção das mulheres, a integridade dos espaços culturais e o esforço diário e incessante para que o ambiente de trabalho seja também um local acolhedor e seguro para todas as mulheres." LEIA TAMBÉM: VÍDEO: carro da PM passa por calçada, em alta velocidade, durante perseguição policial no DF GOV.BR: entenda como funcionava esquema que fraudou perfis em plataforma do governo federal Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.

FONTE: https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2025/05/15/senti-que-ele-se-apropriou-do-meu-corpo-veja-relatos-de-vitimas-de-servidor-federal-investigado-por-esconder-cameras-para-gravar-mulheres-nuas.ghtml


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