Rebeldes Houthis invadem escritórios da ONU no Iêmen e prendem pelo menos 11 funcionários

  • 31/08/2025
(Foto: Reprodução)
Ataque israelense mata alto escalão dos rebeldes do Iêmen, aliados dos terroristas do Hamas Rebeldes Houthis, apoiados pelo Irã, invadiram neste domingo (31) escritórios de agências da ONU voltadas para alimentação, saúde e infância em Sanaa, a capital do Iêmen, e detiveram 11 funcionários da organização, segundo autoridades. Após o assassinato de seu primeiro-ministro e de vários ministros por Israel, os rebeldes reforçaram a segurança em toda a cidade. A porta-voz do Programa Mundial de Alimentos, Abeer Etefa, informou à Associated Press que forças de segurança invadiram os escritórios das agências na manhã de hoje. Também foram invadidos os escritórios da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do UNICEF, segundo um funcionário da ONU e um representante Houthi, que falaram sob condição de anonimato por não estarem autorizados a falar com a imprensa. De acordo com o funcionário da ONU, forças armadas entraram nos prédios e interrogaram funcionários no estacionamento. Ammar Ammar, porta-voz do UNICEF, confirmou que vários funcionários da agência foram detidos e que o órgão está buscando mais informações junto aos Houthis. Tanto Etefa quanto Ammar disseram que suas agências estão realizando uma “contagem completa” de seus funcionários em Sanaa e em outras áreas controladas pelos Houthis. O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou em comunicado no fim do domingo que pelo menos 11 funcionários foram detidos. Ele condenou a ação e também a “entrada forçada nas instalações do Programa Mundial de Alimentos, a apreensão de bens da ONU e as tentativas de invasão de outros escritórios da organização em Sanaa”. Guterres exigiu a libertação imediata e incondicional dos detidos. As invasões são parte de uma repressão contínua dos Houthis contra a ONU e outras organizações internacionais que atuam em áreas sob controle rebelde no Iêmen. Os Houthis já detiveram dezenas de funcionários da ONU, além de pessoas ligadas a grupos de ajuda humanitária, à sociedade civil e à antiga embaixada dos Estados Unidos em Sanaa, que foi fechada. Em janeiro, após a prisão de oito funcionários da ONU, a organização suspendeu suas operações na cidade de Saada, reduto dos Houthis no norte do país. O primeiro-ministro do governo Houthi visita o escritório do grupo terrorista Hamas, em Sanaa, no Iêmen, no dia 19 de agosto de 2024 Khaled Abdullah/Reuters Ministros morreram em ataque israelense As invasões ocorreram poucos dias após o assassinato do primeiro-ministro Houthi e de vários membros de seu gabinete em um ataque israelense na quinta-feira. A ação representou um duro golpe para os rebeldes apoiados pelo Irã, que têm lançado ofensivas contra Israel e embarcações no Mar Vermelho em resposta à guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza. Segundo dois representantes Houthis e familiares das vítimas, entre os mortos estão: o primeiro-ministro Ahmed al-Rahawi; o ministro das Relações Exteriores, Gamal Amer; o vice-primeiro-ministro e ministro do Desenvolvimento Local, Mohammed al-Medani; o ministro da Eletricidade, Ali Seif Hassan; o ministro do Turismo, Ali al-Yafei; o ministro da Informação, Hashim Sharafuldin; e o vice-ministro do Interior, Abdel-Majed al-Murtada. Segundo comunicado divulgado pelos Houthis no sábado, dois dias após o ataque, os líderes estavam reunidos em um “workshop rotineiro do governo para avaliar suas atividades e desempenho ao longo do último ano”. O funeral de todos os mortos está marcado para segunda-feira, na Praça Sabeen, no centro de Sanaa. O ministro da Defesa, Mohamed Nasser al-Attefi, sobreviveu ao ataque. Já Abdel-Karim al-Houthi, ministro do Interior e uma das figuras mais poderosas do grupo rebelde, não estava presente na reunião de quinta-feira, segundo os representantes Houthis. O enviado especial da ONU para o Iêmen, Hans Grundberg, demonstrou “grande preocupação” com os recentes ataques israelenses em áreas controladas pelos Houthis, após ofensivas do grupo contra Israel. “O Iêmen não pode se tornar um campo de batalha de um conflito geopolítico mais amplo”, afirmou em comunicado. Ele pediu que haja uma redução das tensões. O ataque de quinta-feira ocorreu após os Houthis lançarem um míssil balístico contra Israel em 21 de agosto — o primeiro míssil com bomba de fragmentação disparado contra o país desde 2023, segundo o exército israelense. O míssil, que os Houthis disseram ter como alvo o Aeroporto Ben Gurion, acionou sirenes de ataque aéreo em todo o centro de Israel e em Jerusalém, obrigando milhões de pessoas a buscarem abrigo. Os Houthis devem intensificar seus ataques contra Israel e embarcações no Mar Vermelho, após prometerem em julho atacar navios mercantes de qualquer empresa que faça negócios com portos israelenses, independentemente da nacionalidade. “Nossa estratégia militar de atacar o inimigo israelense, seja com mísseis, drones ou bloqueio naval, é contínua, firme e em escalada”, declarou o líder do grupo, al-Houthi, em discurso televisionado neste domingo. Trump posta vídeo de ataque dos EUA aos Houthis

FONTE: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/08/31/rebeldes-houthis-invadem-escritorios-da-onu-no-iemen-e-prendem-pelo-menos-11-funcionarios.ghtml


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