Em meio a conflito entre Israel e Irã, navios colidem perto do Estreito de Ormuz, diz agência
17/06/2025
(Foto: Reprodução) A empresa britânica de segurança marítima Ambrey relatou um incidente no local. O Estreito de Ormuz fica entre Omã e o Irã e conecta o Golfo Pérsico ao norte com o Golfo de Omã ao sul e, além dele, com o Mar da Arábia, cerca de um quinto do petróleo do mundo passa pelo estreito. Navio passa pelo estreito de Ormuz
REUTERS/Hamad I Mohammed/File Photo
Um navio colidiu com dois outros que navegavam perto do Estreito de Ormuz nesta terça-feira (17), disseram fontes do setor marítimo à agência de notícias Reuters. A empresa britânica de segurança marítima Ambrey relatou um incidente na costa dos Emirados Árabes Unidos.
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A Ambrey afirmou que a causa do incidente, ocorrido a 22 milhas náuticas a leste de Khor Fakkan, nos Emirados, não teve relação com questões de segurança.
O petroleiro Front Eagle, da empresa Frontline, esteve envolvido na colisão, informou nesta terça-feira (17) o jornal norueguês de negócios DN, citando a empresa.
O incidente marítimo ocorreu enquanto Irã e Israel trocavam ataques pelo quinto dia consecutivo, após os ataques em larga escala de Israel na sexta-feira, com o objetivo de impedir Teerã de construir uma arma nuclear.
Fontes navais disseram à Reuters que há um aumento recente de interferência eletrônica nos sistemas de navegação de navios comerciais ao redor do Estreito de Ormuz e em toda a região do Golfo, o que está afetando a navegação de embarcações na área.
O Estreito de Ormuz fica entre Omã e Irã e conecta o Golfo Pérsico ao norte com o Golfo de Omã ao sul e, além dele, com o Mar da Arábia.
Cerca de um quinto do consumo total de petróleo do mundo passa pelo estreito. Entre o início de 2022 e o mês passado, aproximadamente entre 17,8 milhões e 20,8 milhões de barris de petróleo bruto, condensado e combustíveis passaram diariamente pelo estreito, segundo dados da Vortexa.
Não houve resposta imediata ao pedido de comentário da Reuters feito ao ministério das Relações Exteriores dos Emirados ou ao terminal de contêineres de Khor Fakkan nas primeiras horas desta terça-feira.
Preocupação com o estreito
Uma das principais preocupações em relação ao conflito é se os recentes acontecimentos afetarão o Estreito de Ormuz, por onde transita cerca de um quinto do consumo global de petróleo.
Essa importante hidrovia já vinha sendo considerada vulnerável devido à crescente instabilidade regional. O fluxo de petróleo na região também segue inalterado.
No pior cenário, analistas do JPMorgan afirmaram na quinta-feira que o fechamento do estreito ou uma retaliação por parte dos principais produtores de petróleo da região poderia elevar os preços para a faixa de US$ 120 a US$ 130 por barril — quase o dobro da previsão atual.
"Se não houver esse fechamento, porém, a tendência dos preços do petróleo continua moderada, já que o temor de uma desaceleração econômica (com consequente menor demanda) vem ditando o tom nesse mercado", pontua Paula Zogbi, estrategista-chefe da plataforma de investimentos Nomad.
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